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Assinar documento eletronicamente: validade jurídica e gestão do sistema

Nem todas as assinaturas eletrônicas oferecem o mesmo nível de segurança. Saiba como garantir a autenticidade jurídica dos seus documentos digitais.
Documento assinado eletronicamente
Leitura de: 5 minutos

Índice de conteúdo

Assinar documento eletronicamente tornou-se uma prática comum para empresas que buscam agilidade e segurança documental. Mas, além da conveniência, muitas organizações ainda se perguntam:

Qual é a validade jurídica de uma assinatura eletrônica? Como gerenciar corretamente esses documentos para atender aos requisitos regulatórios e garantir sua integridade ao longo do tempo?

Neste artigo, abordamos de forma clara e prática os aspectos essenciais sobre a validade jurídica do documento assinado eletronicamente e apresentamos as principais diretrizes para gerenciá-lo de forma eficaz e segura na sua organização.

Tipos de assinatura eletrônica: de que tipo sua empresa precisa?

Antes de nos aprofundarmos na validade jurídica e na gestão da assinatura eletrônica, é importante destacar que nem todas oferecem o mesmo nível de segurança, rastreabilidade e conformidade legal.

Por isso, escolher o tipo de assinatura adequado é fundamental para proteger processos críticos, otimizar processos de trabalho e cumprir os requisitos regulatórios do seu setor. A seguir, explicamos os três tipos de assinaturas reconhecidas legalmente no Brasil e seu nível de segurança:

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Assinatura Eletrônica Simples (AES)

É a forma mais básica de assinatura eletrônica. Refere-se a qualquer dado em formato eletrônico que o assinante utiliza para concordar com o conteúdo de um documento. Exemplos comuns:

  • Marcar uma caixa de seleção de confirmação (checkbox).
  • Inserir um código de uso único (OTP).
  • Assinar em um tablet ou smartphone.

Este tipo de assinatura é fácil de implementar e suficiente para processos de baixo risco. No entanto, sua desvantagem é que nem sempre permite verificar a identidade do assinante de forma inequívoca, sendo mais difícil de defender em eventual disputa judicial se não houver uma rastreabilidade robusta.

Assinatura Eletrônica Avançada (AEA)

Vai além da proteção da AES porque usa tecnologias como certificados digitais (fora da ICP-Brasil), biometria ou sistemas de verificação de dados para identificar o assinante e garantir a integridade do documento.

  • Está vinculada de forma exclusiva ao assinante.
  • Permite identificar o assinante com alto nível de confiança.
  • Está vinculada ao conteúdo, de forma que qualquer alteração posterior invalida a assinatura.
  • É criada com dados que o signatário pode utilizar sob seu controle exclusivo.

Este tipo de assinatura é ideal para a maioria dos processos de negócio com valor contratual, como em operações bancárias, seguros, RH, etc, oferecendo um elevado nível de segurança jurídica.

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Assinatura Eletrônica Qualificada (AEQ)

É o nível mais alto de assinatura eletrônica, sendo legalmente equivalente à assinatura manuscrita. Baseia-se obrigatoriamente no uso de um certificado digital emitido por uma Autoridade Certificadora (AC) credenciada na Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) e exige dispositivo seguro para sua geração (por exemplo, token ou smartcard criptográfico).

A assinatura eletrônica qualificada a escolha ideal para processos de alta exigência jurídica, à prova de auditorias e litígios complexos. Seu uso implica uma maior complexidade técnica e operacional e, geralmente, requer o uso de ferramentas ou hardware qualificado.

Qual é a melhor opção para a sua empresa?

Escolher o tipo de assinatura eletrônica adequado não é apenas uma questão técnica, mas uma decisão estratégica que afeta a segurança jurídica, a eficiência operacional e a experiência do usuário.

Antes de implementar uma solução, leve em consideração estes três fatores-chave:

  • Nível de risco do documento: É um simples consentimento ou um contrato com altas implicações legais e financeiras?
  • Perfil do assinante: É um usuário externo que precisa de facilidade ou um colaborador interno com acesso controlado?
  • Requisitos regulatórios ou setoriais: Alguns setores, como o financeiro, de seguros ou de telecomunicações, exigem rastreabilidade e garantias específicas.
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Marco legal e validade jurídica da assinatura eletrônica

No Brasil, a validade jurídica das assinaturas eletrônicas é regulamentada principalmente pela Medida Provisória nº 2.200-2/2001 e, mais recentemente, pela Lei nº 14.063/2020. Um documento digital assinado eletronicamente de forma válida e corretamente gerenciado tem plena validade jurídica perante qualquer órgão ou auditoria, desde que utilize mecanismos que permitam:

  • Identificar o assinante e vinculá-lo inequivocamente ao conteúdo.
  • Garantir a integridade do documento, de modo que qualquer modificação posterior seja detectável.
  • Fornecer evidências de autoria e data, assegurando uma prova robusta para auditorias ou disputas.

Esses critérios ampliam a definição de “assinatura eletrônica” em relação aos processos tradicionais em papel, agregando rastreabilidade e confiança digital.

Gestão do ciclo de vida de documentos assinados eletronicamente

Adotar uma plataforma de assinatura eletrônica vai muito além de simplesmente assinar um PDF:implica um conjunto de funcionalidades para gerenciar cada etapa. Vamos ver como:

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Integração com sistemas e automação

A assinatura eletrônica deve se integrar com soluções de gestão documental (DMS), ERP, CRM ou plataformas de gestão de contratos (CLM). Isso permite:

  • Automatizar fluxos de aprovação: rotas predefinidas que enviam automaticamente o documento aos signatários corretos, na ordem certa.
  • Notificações e lembretes: para evitar atrasos causados por esquecimento.
  • Gestão de versões: gerar novamente PDFs com campos atualizados e manter o histórico de versões.

Segurança, custódia e criptografia

É fundamental que a plataforma garanta:

  • Armazenamento criptografado dos documentos assinados.
  • Proteção das chaves privadas do signatário (especialmente na assinatura avançada ou qualificada).
  • Mecanismos de autenticação fortes como a autenticação de dois fatores (MFA), biometria, OTP, etc.
  • Proteções contra violações de dados e políticas de retenção e descarte, em conformidade com as normas de privacidade e de conformidade (compliance).
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Auditoria e rastreabilidade

Para assegurar o valor probatório do documento assinado digitalmente, é importante:

  • Ter um registro detalhado de eventos (envio, abertura, assinatura, recusas).
  • Capturar metadados: data, hora, endereço IP, dispositivo utilizado.
  • Gerar relatórios de auditoria acessíveis para as equipes jurídica e de conformidade.
  • Dispor das evidências criptográficas que demonstrem a integridade desde a assinatura até o arquivamento.

Como selecionar a solução de assinatura eletrônica adequada

Se sua empresa está avaliando opções para implementar um sistema de assinatura eletrônica, não basta considerar apenas o preço ou se a ferramenta permite “assinar online”. É crucial avaliar se a solução escolhida se adapta às suas necessidades legais, técnicas e operacionais, tanto a curto quanto a longo prazo.

Estes são os aspectos-chave que você deve considerar para tomar uma decisão bem fundamentada:

Conformidade regulatória e certificações

É importante que a solução escolhida esteja em conformidade com a legislação brasileira, especialmente a MP 2.200-2/2001 e a Lei 14.063/2020, e com normas de proteção de dados como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Também é importante que possua certificações de segurança reconhecidas, como ISO 27001 ou SOC 2.

Integração técnica e escalabilidade

Uma boa solução deve se integrar facilmente aos seus sistemas atuais de ERP, CRM, DMS ou gestores de contratos, por meio de APIs, SDKs e documentação clara.

Além disso, deve estar preparada para escalar conforme o volume de assinaturas, como em picos de atividade durante lançamentos de produtos ou campanhas comerciais.

Experiência do usuário e acessibilidade

A usabilidade é essencial, especialmente se usuários externos participam do processo. Busque uma plataforma que funcione de forma fluida tanto em desktops quanto em dispositivos móveis, sem exigir instalações complexas.

As opções de autenticação devem ser seguras, mas flexíveis (por exemplo, via OTP por SMS, e-mail, biometria ou certificados digitais).

Segurança e gestão de chaves

O armazenamento de certificados e chaves criptográficas deve ser feito em ambientes seguros, seja na nuvem, em servidores próprios (on-premise) ou em modelos híbridos, de acordo com a política de segurança da sua organização. Além disso, o sistema deve permitir o uso de hardware de segurança (como HSM ou dispositivos de assinatura qualificada) caso o nível de exigência legal assim o exija.

Sua empresa está preparada para gerenciar documentos com total garantia?

Adotar a assinatura eletrônica é um passo necessário, mas assegurar sua validade e otimizar sua gestão é o que realmente trará uma vantagem competitiva. Evoluir de uma simples ferramenta de assinatura para uma plataforma de gestão de contratos digitais é a decisão estratégica que protege sua receita, reduz riscos e libera suas equipes de tarefas de baixo valor.

A tranquilidade de saber que cada documento assinado eletronicamente em sua organização é juridicamente robusto, seguro e imediatamente acessível não tem preço.

Descubra como nossa plataforma pode transformar a gestão dos seus documentos assinados eletronicamente. Solicite uma demonstração personalizada e deixe que um de nossos especialistas mostre como garantir a validade jurídica da assinatura eletrônica de documentos.

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